Fonte: Melhores Mulheres
Existem muitos mitos e muitas dúvidas sobre a endometriose, por isso quando uma mulher recebe o diagnóstico desta doença benigna não sabe como agir, gerando ansiedade e outros conflitos emocionais que podem até agravar o caso. Esclarecer o assunto com um médico especialista é sempre a primeira e melhor alternativa. Conhecer pessoas que tenham ou já tiveram o mesmo problema, trocar ideias, é também é uma ótima opção. Para tornar este assunto mais claro, conversamos com uma paciente que teve endometriose e ainda trata a doença.
Miriam Negreiro, 42 anos, tinha cólicas menstruais cada vez mais fortes, procurou um médico e descobriu que tinha um cisto em seu ovário esquerdo, que parecia ser a causa das dores. Durante meses ela foi tratada com um medicamento que lhe fazia mal e não resolvia o problema, mesmo os analgésicos, que foram diversos, não adiantavam e as dores só pioravam. Uma amiga que já tinha sido operada, indicou um médico novo para um segundo diagnóstico e tratamento. "Com este contato cheguei ao Dr. Maurício Simões Abrão e depois fiz uma pesquisa sobre o assunto", disse Miriam. Segundo ela, o abalo emocional é grande, as dúvidas são muitas, as dores pioram a cada ciclo, e o medo de uma cirurgia também aparece.
O tratamento inicial foi cirúrgico, pois o quadro já era mais avançado. Na primeira cirurgia o cisto do ovário esquerdo foi extraído e depois foi feito acompanhamento, com exames regulares. Devido à vida atribulada, Miriam deixou de acompanhar o caso durante um ano e meio e começou a ter novas dores no período menstrual. "Voltei correndo no médico e descobri que tinham novos focos de endometriose, mas desta vez mais agressivos, pois envolviam outros órgãos, fui submetida à outra cirurgia, mas agora mais complexa que a primeira". Após a segunda intervenção, o médico optou por colocar um DIU em Miriam, que é indicado para controlar e diminuir as chances de desenvolver um novo quadro como os anteriores. Com o DIU sua qualidade de vida mudou, ela não tem mais cólicas e realiza exames semestralmente.
Filhos
Pela vida corrida, Miriam não tinha pensado em ter filhos ainda. Quando se deu conta disso, soube que suas chances de engravidar eram menores que as das outras mulheres. "Depois de passar por duas cirurgias e ter DIU, não sobrou muito espaço para sonhar com filhos". Segundo ela o maior apoio veio da família e dos amigos, já que alguns anos atrás a endometriose era pouco divulgada, e muitas pessoas nem sabiam do que se tratava a doença. Graças à um bom médico especializado Miriam teve segurança e confiança para fazer as duas cirurgias, e os exames mostraram como a doença toma conta do corpo todo se você não cuida corretamente.
Conselho
O primeiro conselho é ter atenção com as dores no período menstrual, elas não são normais se forem muito intensas, procure um profissional para saber o que você tem. A endometriose é silenciosa em relação ao seu desenvolvimento, portanto, fazer acompanhamento regular com um médico especialista é de suma importância. "No meu caso bastou eu não fazer o acompanhamento por pouco tempo que desenvolvi um quadro muito pior e tive que fazer outra cirurgia, coisa que poderia ter sido evitada se eu fizesse o que faço hoje", garante Miriam.
Faça sua parte e procure informações com pessoas e médicos que entendam do assunto, assim você diminuirá sua ansiedade e seu tratamento será mais tranquilo.
