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Você sabe o que é Presenteismo?

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Se você sofre com os sintomas da endometriose, pode estar fazendo isso.

 

Trabalhar doente, no ambiente corporativo, tem nome. Designa-se “presenteísmo” quando o funcionário não desempenha suas funções nas condições de saúde ideais e tem a produtividade diretamente afetada. No Brasil, o termo ainda é desconhecido por boa parte dos trabalhadores e empresas.

Quantificar o número de doenças relacionadas ao ambiente profissional não está diretamente ligado ao presenteísmo, mas números do Ministério da Previdência Social servem como parâmetro para compreender a dimensão do assunto. Em 2008, entre janeiro e dezembro, mais de 1,8 milhão de benefícios auxílio-doença foram concedidos pelo governo.

Definir o conceito do presenteísmo, segundo o médico do trabalho Sérgio Carvalho e Silva, é imprescindível. “O termo diz respeito às pessoas que comparecem ao local de trabalho, mas, por motivos variados, não conseguem manter a produtividade e criatividade dentro do normal”, explica.

Dentre esses motivos, doenças infecciosas como a gripe e a sinusite ou desvios psicoemocionais como estresse, depressão, problemas domésticos, mau relacionamento com chefes e desmotivação são os mais comuns, ainda de acordo com Carvalho e Silva, pós-graduado em Medicina do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP).

A coordenadora de recrutamento e seleção da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Pérola Lucente, afirma que profissionais não têm a consciência de que estão debilitados para o trabalho. Segundo ela, eles sentem-se desanimados, irritados e cansados, mas não percebem que estão doentes. “Além da falta de entendimento sobre as sensações, observa-se também que a competitividade organizacional e o acúmulo de funções fazem com que o funcionário esteja de ‘corpo presente’, porém não seja produtivo”, alerta.

 

Entretanto, a preocupação em prevenir que o presenteísmo exista nas corporações é escassa. “Muito se fala em qualidade de vida nas organizações. Contudo, poucas são aquelas que investem nisso”, prossegue. “Ainda existem no mercado muitas empresas que procuram coibir faltas por meio do vínculo entre a presença do colaborador e seu desempenho.”

 

Consequências indesejáveis

Assim como o presenteísmo representa o funcionário que desempenha as tarefas abaixo do normal por problemas de saúde, o absenteísmo remete aos profissionais que estão ausentes. Ambos têm características próprias e são prejudiciais às empresas. “Entre o absenteísmo e o presenteísmo, o primeiro é muito mais fácil de ser notado. Os profissionais de recursos humanos se preocupam mais com ele porque conseguem contar quantas vezes um funcionário faltou no mês”, explica o médico do trabalho Rogério Muniz de Andrade.

Porém, segundo o especialista, “quem pratica o presenteísmo costuma ser muito mais prejudicial à empresa, pois pode trabalhar um dia inteiro e não produzir nada.”

Responsável pelo ambulatório de saúde ocupacional do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Andrade considera que insistir em trabalhar nessas condições pode agravar os problemas de saúde e até gerar depressão leve.

Além de causar consequências negativas à saúde, o presenteísmo prejudica as finanças de funcionários e empresas. É o que mostra um estudo dirigido por um grupo de institutos americanos publicado recentemente no Journal of Occupational and Environmental Medicine.

Considerando-se o valor gasto em medicamentos e drogas para tratamento, os pesquisadores criaram um ranking de doenças que causam mais prejuízos: câncer (com exceção ao câncer de pele), dores nas costas e no pescoço, doenças cardíacas, dores crônicas e colesterol alto.

Em outro quadro, no qual a saúde do funcionário foi relacionada à produtividade, os problemas que geram custos também foram mensurados. Depressão, obesidade, artrite, dores nas costas e no pescoço e ansiedade são, em ordem decrescente, as cinco doenças que mais prejudicam a produtividade.

Os especialistas responsáveis pelo estudo examinaram os efeitos do presenteísmo nas corporações e descobriram que, quando os empregados trabalham com estado de saúde abaixo do normal, costumam ser mais onerosos que indivíduos que faltam ao trabalho (absenteísmo).

 

Prevenção mútua

Com base na extensa lista de doenças e problemas causados pelo presenteísmo, a necessidade da preveni-lo torna-se indispensável. Evitar, contudo, é uma tarefa que cabe tanto ao funcionário quanto à empresa.

Pérola Lucente, coordenadora de recursos humanos, recomenda atenção. “O colaborador deve estar atento à saúde física e psíquica, identificando possíveis problemas que possam atrapalhar seu desempenho”, argumenta. Para ela, “o fato de perceber o que acontece consigo já é, de certa forma, uma maneira de resolver o problema.”

O médico do trabalho Sérgio Carvalho e Silva, por sua vez, sugere uma lista de afazeres para coibir o presenteísmo. Dentre eles, delegar as atividades e aprender a dizer ‘não’ – alternativas que nem todos conseguem adotar. Porém, fazer pausas curtas para descansar, aprender técnicas de relaxamento psico-somático, como o yôga, e priorizar a qualidade de vida são dicas que podem ser executadas pela maioria das pessoas.

Para as empresas, Carvalho afirma que os administradores podem optar por serviços terceirizados, como o Programa de Assistência ao Empregado (PAE), com várias áreas de abrangência, como médica, jurídica e psicológica. O mais importante, segundo ele, é que as corporações estejam atentas à saúde de seus colaboradores.

 

Fonte:

http://www.vocecommaistempo.com.br/bn_conteudo.asp?cod=215

Por:

Rodrigo Capelo/MBPress


 

 

Considerado um dos sintomas que antecede o estresse ou a depressão, o presenteísmo afeta negativamente a produtividade do profissional

 

Ir todo dia ao trabalho, sentar-se em frente ao computador e atender as ligações telefônicas não significa, necessariamente, que a pessoa está ali. Pode parecer até incoerência, mas não é. Isso se chama Presenteísmo, ou seja, estar fisicamente presente no ambiente de trabalho, porém, improdutivo. Com a falta de engajamento ou por problemas de saúde física e psíquica, o trabalhador pode estar mentalmente e emocionalmente ausente. Ou seja, a pessoa está ali, mas não consegue produzir como deveria.

Este é um problema que vem ocorrendo atualmente dentro das empresas e que tem chamado a atenção daqueles que atuam na área de Gestão de Pessoas. E para quem vive isso, a situação também não é nada agradável. Na opinião do especialista em medicina comportamental Marcelo Dratcu, isso ocorre em profissionais pouco engajados tomados pelo desânimo, com níveis de estresse alto, e que sofrem conseqüências físicas e emocionais que podem contaminar, de maneira negativa, toda a equipe. Ele aponta que no Brasil a maioria das pessoas desconhece o conceito. Muitas vezes decorrente do estresse, o Presenteísmo é pouco diagnosticado, e apenas uma pequena parcela busca auxílio.

"O Presenteísmo pode causar maior queda de produtividade do que o absenteísmo (a ausência do profissional na empresa)”, explica o médico. Difícil é quantificar as causas e as conseqüências físicas e emocionais de se estar “mais ou menos presente”, decorrente a um alto nível de estresse e pode levar à depressão. O profissional se sente, literalmente, sem saída e pode estar acometido por algum distúrbio psicológico, muitas vezes silencioso. Alguns sintomas decorrentes são: dores (de cabeça, nas costas), irritação, letargia, cansaço, ansiedade, angústia, depressão, insônia e distúrbios gastrointestinais.

"Trata-se de um movimento de mão dupla tanto das empresas quanto das pessoas. Cada um precisa fazer uma auto-avaliação constantemente e colocar na balança a medida do prazer e também da insatisfação. Muitas vezes esta pressão precisa ser dividida com um médico e um terapeuta", diz Marcelo Dractu. É bom lembrar que nem sempre a infelicidade no trabalho significa que é necessário mudar tudo. “Problemas organizacionais nas empresas também podem ser parte da causa, e os departamentos de recursos humanos devem participar da solução, alocando talentos em suas devidas áreas”, explica.

O problema pode ser causado pelo excesso de estresse, e isso tem solução. As empresas também podem ajudar com programas de qualidade de vida efetivos, que consigam mapear e monitorar o nível de estresse e de (in)satisfação de seus colaboradores. Algumas doenças físicas causam a incapacidade temporária do empregado e podem gerar prejuízos que afetam a produtividade e o lucro. É o exemplo da enxaqueca e de problemas ortopédicos, como a síndrome do túnel do carpo e outras dores crônicas.

 

Fonte:

http://sentirbem.uol.com.br/index.php?modulo=artigos&id=150&tipo=2


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