O ginecologista José Bento explicou, logo após o Bem Estar desta terça-feira (2), o que fazer se a camisinha estourar e a pílula do dia seguinte for necessária.
Em geral, o preservativo só se rompe porque não é colocado corretamente, sobretudo pela falta do reservatório na ponta da glande.
A camisinha feminina pode ser uma opção à masculina, mas não se devem usar as duas juntas, pois o atrito é capaz de estourá-las. O preservativo para as mulheres também pode servir para fazer sexo oral nelas, destacou o especialista.
Segundo José Bento, o médico é quem pode dizer qual é o melhor método contraceptivo para cada paciente. Na sequência, ele tirou mais dúvidas sobre a colocação do diafragma e do espermicida.
De cada cem mulheres, entre seis e dez engravidam mesmo usando diafragma após um ano. Com a pílula, esse número baixa para três.
Quem toma anticoncepcional oral não precisa fazer pausas para “descansar” o organismo. Dor de cabeça, varizes, inchaço, retenção de líquido e manchas na pele podem ser alguns dos efeitos colaterais da pílula. As manchas podem surgir, ainda, durante a gravidez, e a explicação nesse caso também é hormonal.
Uma única pílula do dia seguinte equivale a meia cartela convencional, e essa alta dose de hormônios pode ocasionar sintomas gástricos, dor de cabeça e nos seios. Usar esse método continuamente acaba desequilibrando as taxas hormonais do corpo, por isso essa técnica deve ser realmente uma opção de emergência.
O anticoncepcional injetável trimestral contém apenas progesterona e inibe a menstruação ou a torna irregular. Já o mensal tem estrogênio e progesterona, e o ciclo fica mais curto. O ideal é tomar a injeção no oitavo dia do ciclo.
Em seguida, o ginecologista falou mais sobre o anel vaginal, que deve ser colocado pela própria mulher e mantido durante três semanas.
Em relação ao dispositivo intrauterino (DIU), ele pode se deslocar por causa da contração do útero, e quem deve ver isso é o médico. O que contém apenas progesterona dura em média cinco anos, e o de cobre leva o dobro do tempo para perder a validade.
José Bento ressaltou que o DIU não é abortivo, pois não interfere na fecundação, apenas impede o encontro do espermatozoide com o óvulo. O ginecologista falou, ainda, se é possível sangrar mesmo estando grávida.
Por fim, ele explicou melhor os métodos de esterilização, como laqueadura e vasectomia. A cirurgia, na opinião do médico, só deve ser feita depois dos 30 anos e de pelo menos dois filhos. Além disso, não se deve aproveitar a cesariana para realizar o procedimento.
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