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Laqueadura e vasectomia só são feitas no SUS após 25 anos ou 2 filhos

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Muitos homens e, principalmente, mulheres que já tiveram filhos cogitam, alguma vez na vida, passar por um método de esterilização, como vasectomia ou laqueadura. Porém, essa decisão às vezes é tomada muito cedo, de forma impulsiva ou em momentos inapropriados, como depois do parto ou de um aborto.

 

A recomendação médica é que esse tipo de procedimento seja feito após muita conversa e certeza entre o casal, já que a reversão é extremamente difícil.

 

Para aprofundar o assunto, o Bem Estar desta segunda-feira (24) recebeu o ginecologista José Bento e a especialista em saúde da mulher Tânia Lago.


A vasectomia não exige internação e é um método ambulatorial, feito com anestesia local. Já a laqueadura pode necessitar internação e anestesia com efeito mais amplo. Como todas as cirurgias, ambas trazem riscos.

 

A mais recente Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), feita em 2006, apontou que 46% dos nascimentos no país ainda não são desejados ou planejados. No levantamento anterior, de 1996, o percentual era de 48%. Esse pequeno avanço, segundo os autores do estudo, mostra problemas no acesso a métodos contraceptivos, mau uso deles ou falhas na tecnologia disponível.

 

Após a ligadura de trompas, a mulher continua menstruando. E não se deve fazer a cirurgia depois do parto ou de um aborto porque essas são circunstâncias inadequadas para a decisão e há maior risco de infecções sistêmicas.

 

Em um período de 60 dias antes da operação, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acesso a serviço de regulação da fecundidade e aconselhamento de equipe multidisciplinar para desencorajar a esterilização precoce. Essas reuniões de planejamento familiar são feitas nos próprios postos de saúde e são importantes porque o SUS não faz reversão da vasectomia ou laqueadura.

 

Nenhum dos métodos diminui o prazer sexual nem previne contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por isso, é fundamental continuar usando camisinha. E a vasectomia mantém a ejaculação, pois a parte líquida do esperma é produzida na próstata e na vesícula seminal.

 

No caso das mulheres, como explicou José Bento, pode haver alterações na menstruação após a laqueadura, com mais cólicas, um fluxo maior ou até menopausa precoce, por conta de uma mudança na quantidade de sangue que irriga a região.

 

Tânia Lago destacou que a lei brasileira obriga a assinatura do parceiro quando o procedimento é feito pelo SUS. E o ginecologista disse que, depois de uma vasectomia, o homem não fica estéril de imeditato: leva até 3 meses, ou cerca de 20 ejaculações.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/11/reversao-de-laqueadura-e-vasectomia-e-dificil-e-nao-e-feita-pelo-sus.html


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