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De olho na endometriose

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Estudo da Unifesp revela que a endometriose leva até oito anos para ser diagnosticada

Saúde

 

Os sintomas surgem progressivamente. Incômodo durante as relações sexuais, cólicas e, em alguns casos, dores fortes. Esses são os primeiros sinais da endometriose, que atinge mulheres em idade fértil. Apesar do desconforto provocado, a enfermidade demora a ser diagnosticada. O motivo: receio de doença malígna ou desinformação. De acordo com um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a endometriose demora cerca de oito anos para ser diagnosticada e tratada.

“Algumas mulheres percebem a diminuição da qualidade de vida, mas optam por não buscar auxílio médico”, afirma o ginecologista Eduardo Schor, professor afiliado e chefe do Setor de Endometriose da Unifesp. “Numa pesquisa, quando comparamos mulheres saudáveis com aquelas com endometriose, as últimas apresentaram diminuição em todos os aspectos de qualidade de vida: social, físico, psicológico e ambiental”, diz.

Redução na qualidade de sono, alterações de musculatura da pelve e disfunções intestinais são outros problemas apresentados por pacientes com endometriose.

Sentiu os sintomas? Não adie a visita ao médico.

Tratamentos alternativos para Endometriose

 

A endometriose, doença que atinge cerca de 15% da mulheres em idade fértil, ainda não tem cura, mas tem tratamento — inclusive sem medicamento. Embora os remédios inibam no ovário a produção do hormônio estrógeno, associado ao desenvolvimento da endometriose, isso às vezes é suficiente. “O tratamento nem sempre funciona porque o estrógeno também é produzido pelo tecido gorduroso, não somente pelo ovário”, afirma o ginecologista Eduardo Schor, professor afiliado e chefe do setor de endometriose da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e pobre em gorduras, favorece o tratamento. Quem tem a doença deve também excluir alimentos industrializados e com alta quantidade de conservantes e hormônios de crescimento para sua produção.

A fitoterapia complementa a terapia clássica. Num estudo da Unifesp e da Universidade Federal do Maranhão, o consumo de um fitoterápico à base da planta unha-de-gato reduziu em 60% as lesões causadas pela endometriose em roedoras. De acordo com Schor, a unha-de-gato parece diminuir o processo inflamatório decorrentes da endometriose na região pélvica. Ainda não sabe, porém, se a unha-de-gato pode auxiliar mulheres com dificuldade para engravidar.

Mudança no estilo de vida é outro segredo para um tratamento de sucesso, uma vez que estudos demonstram a relação entre elevados níveis de stress e endometriose. Para quem se enquadra nesse perfil, o exercício físico é um aliado: ele aumenta a imunidade, promove emagrecimento e gera sensação de bem estar. Ademais, diminui a produção de estrógeno circulante, melhorando os focos de endometriose.

Acupuntura e fisioterapia se somam no combate à enfermidade. A técnica chinesa das agulhas suaviza o stress e a dor. Já a fisioterapia ameniza cólicas menstruais, tensão muscular e fadiga, sintomas da doença. “Os exercícios orientados por um fisioterapeuta podem melhorar a mobilidade pélvica e a percepção corporal, prevenindo as contraturas musculares”, diz Schor.

Fonte: http://revistawomenshealth.abril.com.br/blogs/voce-so-que-melhor/category/saude/


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