Aproximadamente 15% das brasileiras sofrem da doença que pode levar à infertilidade.
Segundo o médico ginecologista Rodrigo Hurtado a biópsia é fundamental para diagnosticar a endometriose.
Uma pesquisa realizada pelo médico ginecologista Rodrigo Hurtado, para sua tese de mestrado, comprovou que, diferentemente do recomendado por todas as sociedades internacionais de endometriose, é extremamente necessário realizar biópsia para diagnosticar a enfermidade. " Utilizar somente o que se vê na videolaparoscopia, como defendem os guidelines das sociedades internacionais, não é suficiente para identificar a doença. Realizar a biópsia aumenta em até 55% as chances de acerto no diagnóstico" , afirma o médico.
A endometriose é uma doença que atinge aproximadamente 15% das mulheres no Brasil e pode levar à infertilidade, além de causar impactos significativos à qualidade de vida, é a principal causa ginecológica de dor pélvica crônica na mulher, podendo trazer problemas para relações conjugais e afetar o desempenho profissional. " A média mundial de atraso no diagnóstico da endometriose é de sete anos. Muitas vezes, a paciente fica todo esse tempo sem conseguir engravidar, além de sofrer com dores constantes" , avalia o médico.
Nesse caso, o diagnóstico mais precoce da endometriose por meio da biópsia poderia ter abreviado todo o sofrimento e dado tratamento adequado à infertilidade. O tratamento pode variar de acordo com cada caso: em um quadro menos grave da doença, pode-se tentar apenas o uso de medicamentos. Em casos já avançados a intervenção cirúrgica é recomendada, poderia ter sido evitada por um diagnóstico precoce. Para algumas das pacientes inférteis a melhor alternativa é a realização de técnicas de reprodução assistida.