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HPV - O que é? Fique por Dentro‏

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HPV - O que é?

HPV é a abreviatura de "HUMAN PAPILOMAVIRUS",  o que significa PAPILOMAVIRUS HUMANO também conhecido como VIRUS HPV, HPV VIRUS, CONDILOMA ACUMINADO, VERRUGA GENITAL, GENITAL WARTS, CRISTA DE GALO, CAVALO, CAVALO DE CRISTA, COUVE-FLOR, JACARÉ E JACARÉ DE CRISTA. Os HPVs possuem predileção por tecidos de revestimento (pele e mucosas) e provocam na região infectada alterações localizadas que resultam no aparecimento de lesões decorrentes do crescimento celular (células) irregular. Estas lesões são denominadas verrugas ou popularmente conhecidas como "crista de galo".

Conhecida desde a antiguidade, as infecções genitais pelo HPV chamaram atenção a partir da década de 80, quando se identificou a correlação destas lesões como câncer de colo uterino. Mais de 150 tipos até o momento foram  identificados, dos quais apenas 35  tipos podem infectar a região anogenital feminina e masculina.

O HPV é um vírus universal, que não tem preferências, quer seja quanto ao sexo, idade, raça, localização.

Pode se instalar em qualquer região do corpo, bastando haver uma porta de entrada através de micro-abrasões (micro-traumas) da pele ou mucosa. Já se detectou o vírus não só na região genital, mas também extragenital como olho, boca, faringe, vias respiratórias, ânus, reto e uretra. E ainda, sua presença foi encontrada no líquido amniótico (líquido que envolve o feto na vida intra-uterina).

O HPV é um vírus com DNA de dupla hélice, com aproximadamente 8.000 pares de bases nitrogenadas que codificam todas as funções do vírus. A partícula viral tem 55 nanômetros (nm) de diâmetro, sem envelope lipídico.

Mais de 35 tipos de HPV infectam a região anogenital nos seres humanos e podem causar desde as clássicas verrugas genitais ou condilomas até lesões displásicas de baixo e alto grau, dos quais cerca de 20 deles estão associados com câncer de colo uterino.

Na foto podemos observar sua aparência em foto por microscopia eletrônica.

Os tipos de HPV podem ser classificados em vírus de baixo, intermediário ou alto risco, de acordo com o tipo de lesão a que estão mais associados.

Os HPVs dos subtipos 6, 11, 41, 42, 43 e 44 estão associados a infecções benignas do trato genital, como o condiloma acuminado ou plano, e estão presentes na maioria das infecções clinicamente aparentes causadas pelo vírus. Normalmente, esses tipos não estão associados a displasias quando examinados pela  histopatologia.

Os tipos HPV 16, 18, 45 e 56 são vírus de alto risco, podendo estar relacionado aos tumores.

Os tipos HPV 31, 33, 35, 39, 51 e 52 são de risco intermediário.

 

Fique por Dentro

A ANVISA aprova a indicação de Vacinaquadrivalente para HPV em homens de 9 á 16 anos para prevenção das verugas genitais causadas por este virus.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso de uma vacina contra o HPV (papilomavírus humano) em homens de nove a 26 anos de idade. O produto já era aplicado em mulheres.

O objetivo da vacina, chamada Gardasil, é prevenir os homens de verrugas genitais causadas pelos tipos 6,11, 16 ou 18 do HPV. Em março, foi divulgado um estudo feito no Brasil, no México e nos Estados Unidos que indicou que cerca de 50% dos homens estão infectados com o HPV.

O Brasil é um dos líderes mundiais em incidência de HPV – mais de 685 mil pessoas vivem com o vírus. A doença sexualmente transmissível, que é causada por relação sexual desprotegida ou contato genital, é a quarta mais comum no país, com números acima dos casos de Aids.

Esse vírus tem mais de 200 tipos diferentes, capazes de provocar lesões de pele ou em mucosas pelo contato entre genitais e relações sexuais sem o uso de preservativo. Na maior parte dos casos, as lesões podem regredir espontaneamente, mas em outros podem causar lesões associadas ao câncer.

O HPV pode causar câncer em ambos os sexos, mas, nas mulheres, a evolução para displasias (quadro prévio ao tumor) é mais comum. A infecção pelo HPV está relacionada a cerca de 40% dos casos de câncer de pênis e de 30% a 40% dos de câncer anal em homens.

De acordo com a MSD, fabricante da Vacina, a vacina aplicada em homens vai ser a mesma das mulheres. É preciso ter uma prescrição médica para se vacinar. Os homens poderão tomar a dose assim que a decisão da Anvisa for publicada no Diário Oficial da União, o que não tem data para ocorrer.

A empresa diz que resultados de testes mostram que a vacina reduz em 90,4% os casos de lesões e diminui em 85,6% a incidência de infecções persistentes relacionadas a esses tipos de HPV.

A vacina já é aplicada em homens em países como Estados Unidos, Canadá, Equador, Filipinas, Malásia e Macau.

O problema da vacina ainda é o preço. No ano passado, o R7 mostrou que a imunização não sai por menos de R$ 1.000. Isso porque cada dose custa de R$ 240 a R$ 380, dependendo de sua composição, e são necessárias três aplicações.

 

METADE DOS HOMENS TEM HPV, DIZ PESQUISA

Resultado de levantamento feito com mais de mil voluntários saudáveis em São Paulo, no sul da Flórida e em cidade mexicana surpreende cientistas

Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo

 

Cerca de 50% dos homens que participaram de um estudo populacional estavam infectados com o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). O trabalho, publicado na revista científica The Lancet, analisou voluntários saudáveis de três países: Brasil, México e Estados Unidos.

O resultado surpreendeu os especialistas, pois revelou uma prevalência muito maior que a encontrada em estudos semelhantes com mulheres, quando o porcentual de infecção pelo vírus não ultrapassa 20%.

Nos homens e nas mulheres, o HPV pode causar câncer, embora, nas mulheres, a evolução para displasias - quadro prévio ao tumor - seja mais comum (leia nesta página). O contágio ocorre principalmente por via sexual, mas, ao contrário do HIV, o uso de preservativo não é tão eficaz.

O estudo analisou 1.159 homens com idades entre 18 e 70 anos. Todos estavam saudáveis ao ingressar no estudo, diz Luisa Villa, coautora do artigo e pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer e coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV (INCT-HPV), na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Os voluntários não podiam relatar histórico de câncer no ânus ou no pênis, bem como a presença de verrugas genitais. Também não podiam apresentar infecção pelo HIV. Todos residiam na cidade de São Paulo, no sul da Flórida ou em Cuernavaca, no México. "A maioria das pessoas pensa que HPV é um vírus associado predominantemente às mulheres: esse estudo revela que os homens são os principais infectados", afirma José Eduardo Levi, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, na USP. Levi não participou do estudo, mas há vários anos pesquisa testes moleculares para HPV.

Variedade. Há vários tipos de HPV. Nem todos estão associados ao câncer. A pesquisa mostrou também que 30% dos homens estudados estavam infectados com tipos do vírus ligados ao surgimento de câncer.

"Descobrimos uma forte correlação entre a incidência da doença e o número de parceiros", recorda Luisa. Homens que tiveram mais de 50 parceiras apresentaram uma chance 2,4 vezes maior de contrair a doença quando comparados a homens com uma ou nenhuma parceira sexual. Homens que realizaram sexo anal com outros homens mais de três vezes também apresentaram uma incidência da doença 2,6 vezes maior quando comparados a homens sem parceiros recentes.

 

PARA LEMBRAR

 

DST afetava 40% das gestantes

Uma pesquisa feita em seis capitais brasileiras, divulgada em setembro de 2008, mostrou que pelo menos 40% das gestantes desses locais apresentavam algum tipo de doença sexualmente transmissível (DST).

Entre as gestantes ouvidas pelo levantamento, coordenado pelo Programa Nacional de DST-Aids do Ministério da Saúde, 75% tinham entre 15 e 24 anos.

Do total analisado, 40,4% tinham HPV e 9,4%, clamídia. O número de sífilis entre as gestantes, de 2,6%, foi considerado alto pelo ministério. A Organização Mundial da Saúde define o índice de 1% como preocupante. A sífilis pode ser tratada durante a gravidez. Quando isso não ocorre, há risco de o bebê nascer com sífilis congênita.

O estudo avaliou gestantes atendidas em serviços de saúde, trabalhadores de indústrias com até 99 funcionários e pessoas que procuravam centros especializados em doenças sexualmente transmissíveis. Além de verificar a incidência de DSTs, o trabalho procurou avaliar situações que podem indicar maior ou menor risco para se infectar.

 

NUNCA É CEDO PARA PREVENIR

 

 

DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS HPV CUSTAM 45,8 ME POR ANO

Por Redacção

 

As doenças causadas pelo papilomavírus humano (HPV) custam ao Serviço Nacional de Saúde 45,8 milhões de euros, segundo um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública.

O estudo avaliou as doenças relacionadas com HPV em homens e mulheres e teve como base a incidência e os custos totais para o SNS, bem como o total de mortes por cancro ocorridas em 2009 em Portugal.

A investigação focou os quatro tipos de HPV abrangidos pela vacina quadrivalente integrada há três anos no Plano Nacional de Vacinação.

O estudo refere que a administração da vacina poderá representar uma poupança anual de 11,5 milhões de euros em diagnóstico e tratamento.

O trabalho foi apresentado em Lisboa no congresso "Eurogin 2011.

Doenças causadas pelo HPV representam um custo estimado anual para o Estado de 45,8 ME - Estudo

De Margarida Cotrim (LUSA) – 9 de Mai de 2011

Lisboa, 09 mai (Lusa) -- As doenças causadas pelo papilomavírus humano (HPV) representam um custo anual para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) estimado em 45,8 milhões de euros, revela um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública.

O estudo, que será divulgado hoje em Lisboa no congresso "Eurogin 2011", visou estimar a carga de doenças relacionadas com HPV em homens e mulheres e teve como base a incidência e os custos totais para o SNS, bem como o total de mortes por cancro ocorridas em 2009 em Portugal.

A investigação focou em especial os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, abrangidos pela vacina quadrivalente integrada há três anos no Plano Nacional de Vacinação. Os cancros da cabeça e pescoço, do colo do útero e verrugas genitais são as doenças que representam os maiores encargos financeiros entre as doenças relacionadas com HPV.

© 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

 

 

EFICÁCIA DO TESTE DE HPV PARA A DETECÇÃO DE LESÕES PRÉ-MALÍGNASS E MALÍGNAS CERVICAIS

 

Pesquisadores italianos avaliaram mulheres de 25 a 60 anos de idade, entre março e dezembro de 2004, para estudar a eficácia do teste de HPV no rastreamento do câncer de colo uterino. No total, 47.001 mulheres foram randomizadas para o grupo de citologia convencional e 47.369 para o teste de HPV (combinado à citologia em base líquida na primeira fase de rastreamento). Os autores encontraram que, em mulheres com mais de 35 anos, o rastreamento com teste de HPV foi mais eficaz que a citologia na prevenção de câncer cervical invasivo, já que permitiu maior detecção de lesões intraepiteliais de alto grau possibilitando o tratamento mais precocemente (a detecção relativa do teste de HPV vs citologia foi de 2,00 para NIC 2, 2,08 para NIC 3 e 2,03 para NIC 2 e 3 juntas). Já em mulheres mais jovens (25 a 34 anos), os autores consideram que o rastreamento com teste de HPV é menos eficaz, pois pode levar ao superdiagnóstico de NIC 2, que apresenta chances de regressão nessa faixa etária. A detecção de câncer cervical invasivo foi similar para os dois grupos na primeira fase de rastreamento (9 no grupo de citologia VS 7 no de teste de HPV, p=0,62); na segunda fase, não foram encontrados casos no grupo de teste de HPV, comparado a 9 casos no grupo de citologia (p=0,004). Segundo os autores, o teste de HPV isolado pode ser considerado em países que apresentam programas de rastreamento de base populacional, especialmente aqueles em desenvolvimento.

Fonte: Ronco G et al; the New Technologies for Cervical Cancer screening (NTCC) Working Group. Efficacy of human papillomavirus testing for the detection of invasive cervical cancers and cervical intraepithelial neoplasia: a randomised controlled MALIGNAS trial. Lancet Oncol. 2010 Jan 18. [Epub ahead of print]

 

 

PREVALÊNCIA DE HPV ORAL EM PESSOAS SAUDÁVEIS

Proporção pequena, mas notável, de pessoas saudáveis tem infecções orais pelo HPV com tipos que aumentam o risco de alguns cânceres orofaríngeos, como HPV 16. Essa foi a conclusão de revisão sistemática que analisou 18 estudos publicados que detectaram DNA de HPV oral em 4.581 pessoas saudáveis, a fim de determinar a prevalência agrupada de HPV 16, HPV oncogênico e qualquer tipo de HPV. Os resultados mostraram que 1,3% de 3.977 indivíduos saudáveis tinham HPV 16 oral, 3,5% de 4.441 indivíduos tinham HPV oncogênico e 4,5% de 4.070 indivíduos tinham HPV de qualquer tipo. HPV 16 correspondeu a 28% de todos os HPVs detectados na região oral. A prevalência de HPV oral foi a mesma em homens e mulheres (4,6% vs 4,4%, respectivamente).

Fonte: Kreimer AR et al. Oral Human papillomavirus in healthy individuals: A systematic review of the literature. Sex Transm Dis. 2010 Jan 14. [Epud ahead of print].

 

CHÁ VERDE E PREVENÇÃO CÂNCER  DO COLO DO ÚTERO

Estudos  mostram que o extrato de chá verde e seu principal componente, epigalocatequina-3-galato (EGCG), apresentam atividades antiangiogênicas em vários modelos experimentais. Os mecanismos dos efeitos antitumorais do EGCG incluem a prevenção da carcinogênese do câncer cervical, indução de apoptose, inibição da atividade da telomerase e desregulação do ciclo celular. Noguchi e colegas mostraram que esses efeitos também foram observados em linhagens celulares de adenocarcinoma cervical, com supressão da expressão da proteína Ki-67. Outros efeitos incluem a inibição da proteína HIF-1α, com consequente inibição da expressão do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que apresentam papel na angiogênese tumoral. Tang e colegas encontraram inibição da expressão da proteína HIF-1α induzida pelas oncoproteínas do HPV16, e diminuição da proteína VEGF e RNAm em células cancerígenas cervicais humanas. Com esses achados, os autores sugerem que o extrato de chá verde e EGCG possam ser utilizados no contexto de prevenção de lesões pré-malignas e do câncer e como terapia anticâncer.

Fontes: 1) Yokoyama M et al. The tea polyphenol, (-)-epigallocatechin galatte effects on growth, apoptosis, and telomerase activity in cervical cell lines. Gynecol Oncol. 2004;92:197-20. 2) Noguchi M et al. Inhibitory effect of the tea polyphenol, (-)-epigallocatechin galatte, on growth of cervical adenocarcinoma cell lines. Cancer Letters. 2006;234:135-42. 3) Zhang Q et al. Green tea extract and (-)-epigallocatechin-3-galatte inhibit hypoxia- and serum-induced HIF-1α protein accumulation and VEGF expression in human cervical carcinoma and hepatoma cells. Mol Cancer Ther. 2006;5:1227-38. 4) Tang XD et al. Effects of green tea extract on expression of human papillomavirus type 16 oncoproteins-induced hypoxia-inducible factor-1alpha and vascular endothelial growth factor in human cervical carcinoma cells. Zhonghua Yi Xue Za Zhi. 2008;88:2872-7.

 

 

DERMATITE DE CONTATO DO VASO SANITÁRIO

Litinov e colaboradores descrevem cinco casos de dermatite de contato do vaso sanitário em crianças, condição mundialmente comum, facilmente reconhecida e tratada, porém pouco lembrada, levando a retardo no tratamento e exacerbação da erupção cutânea. Os autores comentam que assentos sanitários feitos de madeiras exóticas e o aumento do uso de desinfetantes fortes para a limpeza dos assentos são fatores que estão contribuindo para o aparecimento da dermatite. A dermatite de contato causa irritação cutânea ao redor das nádegas e região superior das coxas. Se não tratada apropriadamente, o desconforto pode persistir e levar a erupções cutâneas dolorosas e pruriginosas. Para a prevenção, os autores citam: usar protetor de assento sanitário em banheiros públicos, substituir os assentos de madeira para os de plástico e evitar desinfetantes fortes.

Fonte: Litvinov IV et al. Recognizing and treating toilet-seat contact dermatitis in children. Pediatrics. 2010;125:e419-22.

 

UTILIDADE DO TESTE DE HPV EM MULHERES COM CITOLOGIA MOSTRANDO CÉLULAS GLANDULARES ATÍPICAS

Pesquisadores da Pensilvânia estudaram 662 mulheres de média etária de 44 anos com citologia mostrando células glandulares atípicas no período de junho de 2005 a agosto de 2007, para avaliar a utilidade do teste de HPV. Destas, 309 (46,7%) tinham teste de HPV, com 75 casos (24,3%) sendo positivos para HPV de alto risco. Teste positivo para HPV de alto risco foi mais fortemente associado com NIC de alto grau e adenocarcinoma in situ em mulheres com menos de 50 anos de idade. Entre os 75 casos, 13 (17,3%) tinham NIC de alto grau (II/III, a maioria em mulheres com menos de 40 anos), 10 (13,3%) tinham adenocarcinoma in situ(todos em mulheres com menos de 50 anos) e 3 (4,0%), adenocarcinoma invasivo (todos em mulheres com mais de 50 anos). Nas 234 mulheres com teste negativo para HPV de alto risco, 1 (0,4%) tinha NIC de alto grau, 1 (0,4%) tinha adenocarcinoma in situ, 1 (0,4%) tinha adenocarcinoma cervical e câncer de ovário e 8 (3,4%) tinham câncer de endométrio. Os autores concluíram que o teste de HPV pode ser útil na detecção de NIC de alto grau, adenocarcinoma in situ e adenocarcinoma cervical invasivo em mulheres com menos de 50 anos apresentando citologia com células glandulares atípicas, tendo assim, benefício no rastreamento para neoplasia cervical glandular.

Fonte: Zhao C et al. Clinical utility of adjunctive high-risk Human papillomavirus DNA testing in women with Papanicolaou test findings of atypical glandular cells. Arch Pathol Lab Med. 2010;134:103-8.

 

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO NO BRASIL

Com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pela morte de 230 mil mulheres por ano. No Brasil, para 2010, são esperados 18.430, com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer do colo do útero são elevadas, constituindo-se em um grave problema de Saúde Pública. A série histórica divulgada pelo Ministério da Saúde contempla dados que vão de 1979 a 2005. Nesse período as taxas de mortalidade ajustadas por idade passaram de 4,97 para 5,29 por 100.000 mulheres, o que representa um incremento de 6,4% em 26 anos. Certamente, há muitos fatores que contribuem para esse cenário, mas três aspectos podem ajudar a compreender melhor o problema e merecem destaque: a cobertura do exame Papanicolaou (que deve ser de 80% nas mulheres de 35 a 59 anos de idade) , seu desempenho (quantidade inferior a 5% de amostras insatisfatórias e baixo índice de atipias de significado indeterminado) e o estadiamento no qual os casos são diagnosticados (quase 50% apresenta câncer no estádio III e IV).

Apesar de todas as iniciativas de aumento da cobertura populacional do rastreio das lesões precursoras do câncer do colo do útero e relativa disseminação das práticas para seu diagnóstico e tratamento, ainda são altas as taxas de incidência e de mortalidade por esta doença. Contudo indicadores já apontam resultados positivos como o decréscimo destas taxas em alguns estados. Num pais como o nosso de dimensões e diversidade impar faz-se necessário a individualização de estratégias que atendam as particularidades de determinadas populações.

Estratégias tais como a capacitação adequada de profissionais, programa em desenvolvimento , que tem com objetivo integrar as várias instituições atuantes nesta área de interesse , de forma a disseminar experiências de sucesso para todo o país, respeitando as diferenças locais e regionais e aproveitando suas capacidades , aliada a uma série de ações de aumento da cobertura, organização dos serviços e controle de qualidade , a adesão as recomendações do Manual de Condutas padronizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA/MS) e a participação efetiva das Secretarias de Estado e Município são fatores fundamentais para que as ações se fortaleçam, permaneçam coesas , dando respaldo á continuidade do programa.

Fonte: 1. INCA. INCA lança Estimativa 2010: Incidência de Câncer no Brasil Disponível em Acessado em 21/04/2010. Thuler, LCS.Mortalidade por câncer do colo do útero no Brasil. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008; 30(5):216-8.

 

RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO UTERINO

 

1. IMPORTÂNCIA

O rastreamento do câncer de colo uterino por meio da citologia oncótica cérvico-vaginal é reconhecido como estratégia segura e eficiente mundialmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o rastreamento apresenta boa cobertura, ou seja, de 80%, e associa-se ao tratamento do câncer de colo uterino nos estágios iniciais, sua efetividade tem resultado em diminuição das taxas de incidência de câncer cervical invasor de até 90%. A experiência nos países nórdicos, por exemplo, mostra redução na taxa de incidência do câncer de colo uterino entre 1986 a 1995 de 34% na Noruega, 54% na Dinamarca, 55% na Suécia, 75% na Finlândia e 67% na Islândia.

 

2.QUANDO DEVE SER INICIADO

No Brasil, o Ministério da Saúde, pelo Viva Mulher – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e Mama, o rastreamento é iniciado nas mulheres a partir de 25 anos de idade, ou quando a mulher já tivesse tido atividade sexual mesmo antes desta faixa etária.

A idade para o início do rastreamento varia entre diferentes regiões do mundo, com base em estudos científicos e considerando que a incidência do câncer de colo uterino é muito baixa em mulheres com menos de 25 anos de idade. Por exemplo, Canadá e outros comitês da América do Norte recomendam o início do rastreamento aos 20 anos de idade e, nos Estados Unidos, a partir dos 21 anos de idade ou três anos após o início da atividade sexual. Na Europa, a Inglaterra recomenda seu início aos 25 anos, enquanto Finlândia e Holanda, aos 30 anos de idade.

Segundo a Agência Internacional para Pesquisa de Câncer (IARC), em países em desenvolvimento e aqueles de renda mediana, para melhor aplicação de recursos e pela baixa incidência de câncer de colo uterino em mulheres mais jovens, há recomendação de iniciar o rastreamento aos 35 anos e estendê-lo para idades mais jovens somente se houver recursos disponíveis. Uma boa orientação para determinar a idade de início do rastreamento é obter a idade na qual a incidência do câncer de colo uterino começa a aumentar e iniciar o rastreamento cinco anos antes.

3. QUAL A FREQUÊNCIA

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda, desde a reunião do consenso em 1988, que a citologia oncótica cérvico-vaginal seja realizada cada 3 anos após 2 negativos com intervalo de 1 ano.

Esta recomendação baseia-se na história natural do câncer de colo uterino, possibilitando o diagnóstico precoce das lesões pré-neoplásicas e seu tratamento, graças à lenta progressão para doença mais grave.

A frequência do rastreamento também varia amplamente entre os países. O intervalo ideal de rastreamento é aquele que proporciona a relação mais favorável entre o grau de controle da doença e o custo do rastreamento. Desvios no intervalo recomendado ou na população-alvo podem reduzir a eficácia do programa por usar recursos em excesso ou por não identificar a doença no momento que a intervenção precoce poderia curá-la.

Alguns exemplos sobre o intervalo do rastreamento em diferentes países são mostrados a seguir:

·     Estados Unidos: rastreamento anual, dos 21 aos 30 anos para a citologia convencional ou cada dois anos para a citologia em base líquida e cada 2-3 anos entre 30 e 65-70 anos se os testes prévios forem normais.

·     Canadá: uso de citologia em base líquida e teste de DNA-HPV, com cobertura cada três anos para as mulheres de 20 a 69 anos de idade.

·     Finlândia, Holanda e Irlanda: o intervalo é a cada 5 anos.

·     Inglaterra: cada 3 anos entre 25-49 anos e a cada 5 anos entre 50-64 anos de idade.

·     Oceania e Ásia: cada dois a três anos.

Outro exemplo é o Chile, onde o Programa Nacional do Câncer Cérvico-Uterino está focalizado para mulheres entre 25 e 64 anos de idade, com ênfase nas com mais de 35 anos e a citologia oncótica cérvico-vaginal é coletada em intervalos de três anos. Na presença de citologia alterada, faz-se o encaminhamento para diagnóstico e tratamento. Esse Programa permitiu a redução na taxa de mortalidade por câncer de colo uterino nas mulheres com mais de 25 anos de 38,8% entre 1990 e 2002.

Segundo a OMS, os estudos têm demonstrado que, em mulheres entre 35 e 64 anos de idade, depois de um exame citopatológico do colo uterino negativo, os exames subsequentes podem ser realizados a cada três anos, com a mesma eficácia da realização anual. Isso é corroborado pelo estudo do Grupo de trabalho da IARC (1986), que mostrou redução na taxa cumulativa de câncer de colo uterino invasivo de 93,5% com intervalo de rastreamento anual, 92,5% com intervalo bianual, 90,8% a cada três anos, 83,6% a cada cinco anos e 64,1% a cada dez anos, em mulheres de 35 a 64 anos de idade. Esses dados demonstram que a expectativa de redução porcentual no risco cumulativo de desenvolver câncer, após um resultado negativo, é praticamente a mesma quando o exame é realizado anualmente ou a cada três anos. A recomendação de que a periodicidade seja trienal somente após dois resultados negativos obtidos em intervalo anual permite identificar os casos nos quais possa ter ocorrido resultado falso-negativo.

 

4. QUAL É A IDADE PARA PARAR COM O RASTREAMENTO

No Brasil, pelo Viva Mulher – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e Mama do Ministério da Saúde, o rastreamento é feito nas mulheres até os 60 anos de idade.

Muitos países recomendam parar o rastreamento ao redor da idade de 60 ou 65 anos, por diversos motivos: as mulheres mais velhas são pouco aderentes aos programas; citologias de boa qualidade são difíceis de obter após a menopausa; se as mulheres fizeram a citologia regularmente no passado, ou seja, se participaram ativamente do rastreamento, são consideradas de baixo risco para desenvolver câncer cervical.

Porém, devido à incidência relativamente alta de acordo com a idade de câncer de colo uterino em todos os países em mulheres mais velhas, há consenso em países desenvolvidos que aquelas com mais de 60 anos que nunca foram rastreadas ou não realizaram o rastreamento por muitos anos devam realizar pelo menos dois testes. Essas mulheres só poderão interromper o rastreamento se esses dois testes forem negativos.

Em países em desenvolvimento com recursos limitados, recomenda-se que as mulheres que nunca realizaram rastreamento previamente e tenham mais de 60 anos de idade devam ter somente um teste.

Outras recomendações sugerem que o rastreamento pode ser interrompido em idades mais jovens (55 ou mesmo 50 anos) se a mulher participou ativamente do rastreamento e apresentou todos os resultados negativos.

Fontes: 1) IARC/OMS. Cervix cancer screening. IARC Handbooks of Cancer Prevention Volume 10. /IARC Working Group on the Evaluation of Cancer-Preventive Strategies. Lyon: France, 2005. 313p. Disponível em: Acesso em março 2010. 2) Programa Nacional de Cancer Cervicouterino. Ministerio de la Salud de Chile. Disponível em: 3) MINISTERIO DE SALUD. Guía Clínica Cancer Cervicouterino 2. 1st Ed. Santiago: Minsal, 2005. Disponível em: 4) Brasil. Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Nomenclatura brasileira para laudos cervicais e condutas preconizadas: recomendações para profissionais de saúde. 2ed. Rio de Janeiro: INCA, 2006. 5) INCA. Periodicidade de realização do exame preventivo do câncer do colo do útero. Revista Brasileira de Cancerologia. 2002;48(1):13-5.

 

QUAL É A EFICÁCIA DA VAGINA CONTRA O HPV EM MULHERES DE 24 A 45 ANOS DE IDADE

A Dra. Nubia Muñoz observou que a vacina contra HPV tipos 6, 11, 16 e 18 é eficaz em mulheres de 24-45 anos de idade. Essas mulheres foram randomizadas para receber a vacina (n=1911) ou placebo (n=1908) no dia 1, e meses 2 e 6. Foram considerados critérios de exclusão: história de verrugas genitais, doença cervical atual ou passada, gravidez, histerectomia, HIV ou outra imunossupressão, história de procedimento cirúrgico no colo uterino e biopsia cervical nos últimos 5 anos. O número de parceiros sexuais durante a vida não foi considerado critério de inclusão ou exclusão (99,9% da população estudada já havia iniciado atividade sexual). Na população por-protocolo (mulheres com teste de HPV negativo e que tomaram as 3 doses da vacina), a eficácia da vacina contra doença ou infecção pelo HPV 6, 11, 16 e 18 foi de 90,5% e a eficácia contra doença ou infecção pelo HPV 16 e 18 foi de 83,1%. Na população intenção-de-tratamento (mulheres que receberam pelo menos uma dose da vacina ou placebo e tinham uma ou mais visitas de seguimento ou mulheres com infecções preexistentes pelo HPV), a eficácia foi de 30,9% e 22,6%, respectivamente, já que doença ou infecção estavam presentes no início do estudo. Os autores destacam o benefício já comprovado com a vacinação em mulheres de 9-26 anos de idade (atual indicação de bula da vacina) e comentam que as mulheres suscetíveis de 24 a 45 anos de idade podem ter benefícios com a vacinação contra o HPV.

Fonte: Muñoz N et al. Safety, immunogenicity, and efficacy of quadrivalent human papillomavirus (types 6, 11, 16, 18) recombinant vaccine in women aged 24-45 years: a randomized, double-blind trial. Lancet. 2009;373:1949-57.

 

QUAIS FATÔRES AFETAM A MORTALIDADE NO CÂNCER DE VAGINA

Em análise de banco de dados de 17 registros de câncer de base populacional, pesquisadores identificaram 2.149 mulheres com câncer primário de vagina entre 1990 a 2004. Estadio, tamanho do tumor, histologia e modalidade do tratamento foram os fatores que afetaram significativamente a mortalidade nessas mulheres. A média etária foi de 65,7 anos com cerca de 66% de todos os casos em mulheres brancas não-hispânicas. A incidência foi mais alta em mulheres Afro-Americanas, de 1,24 por 100.00 pessoas-ano. A sobrevida em 5 anos foi de 84% no estádio I, 75% no estádio II e 57% no estádio III/IV. Tumores maiores que 4cm e doença avançada tiveram riscos elevados de morte (1,71 e 4,67, respectivamente). Mortalidade maior também foi observada nas mulheres com melanoma vaginal (risco de 1,51 em comparação ao carcinoma de células escamosas). Entre as modalidades terapêuticas, a cirurgia isolada teve o menor risco de morte. Além disso, esse risco diminuiu com o tempo (mulheres que tiveram o diagnóstico após o ano 2000 tiveram risco 17% menor que aquelas com diagnóstico entre 1990 e 1994). Essa redução no risco provavelmente reflete o uso da quimiorradiação no câncer de vagina.

Fonte: Shah CA et al. Factors affecting risk of mortality in women with vaginal cancer. Obstet Gynecol. 2009;113:1038-45.

 

TAXA DE DOENÇA RESIDUAL E RECORRENTE APÓS CAF.

Esse trabalho estudou 42 mulheres com neoplasia intraepitelial escamosa cervical (NIC) de alto grau que foram submetidas à excisão da zona de transformação por cirurgia de alta frequência. O seguimento após o procedimento foi realizado em intervalos semestrais com citologia, colposcopia e teste de HPV. Trinta e seis mulheres (85,7%) tinham HPV de alto risco antes do tratamento. O resultado histopatológico do CAF foi de NIC I em 4 e NIC II/III em 38 pacientes e as margens cirúrgicas foram positivas em 5. Persistência de HPV de alto risco foi observada em 11 (30,6%) das 36 mulheres com teste positivo antes do tratamento. Lesão de alto grau citológica foi detectada em 4 pacientes no 1º seguimento. As margens cirúrgicas positivas correlacionaram-se com positividade no teste de HPV e com presença de doença residual durante o seguimento. Os autores destacam que esses achados reafirmam a importância do seguimento com citologia e teste de HPV após CAF para a detecção de doença residual ou recorrente.

Fonte: Baloglu A et al. Residual and recorrent disease rates following LEEP treatment in high-grade cervical intraepithelial neoplasia. Arch Gynecol Obstet. 2009 Nov 26. [Epud ahead of print]

 

ETIOLOGIA DAS ÚLCERAS GENITAIS

O objetivo deste estudo realizado por pesquisadores franceses foi identificar as causas e fatores associados com úlceras genitais em pacientes atendidos em clínica de doença sexualmente transmissível. Foram investigados 278 casos de úlceras, sendo 244 em homens e 34 em mulheres. Sífilis primária foi responsável por 35% casos, herpes genital por 27%, cancróide por 3% e outras infecções por 5%. Em 91 pacientes (32%), não foi identificado microorganismo. Sífilis primária foi mais prevalente em homens homossexuais (p<0,0001), enquanto herpes genital e cancróide associaram-se significativamente com heterossexualidade (p<0,0001). Também foi encontrado nível elevado de infecção pelo HIV (27%), principalmente nos pacientes com sífilis primária (33%). Não foi encontrada diferença na apresentação clínica das úlceras de acordo com o status de HIV. Embora o herpes genital permanece a principal causa em indivíduos heterossexuais e em mulheres, a sífilis primária tem sido etiologia frequente de ulcerações genitais em homens homossexuais.

Fonte: Hope-Rapp E et al. Etiology of genital ulcer disease. A prospective study of 278 cases seen in an STD Clinic in Paris. Sex Transm Dis. 2009;36:1-6.

 

HPV ANAL EM HOMENS

Prevalência por Idade e Fatores de Risco para o HPV Anal entre Homens que fazem sexo com Mulheres e Homens que fazem sexo com Homens.

Journal of Infectious Diseases 1/1/ 2011, 203:49-57, 2011

HIM é um estudo multicêntrico coordenado pelo Instituto Lee Moffitt de Tampa, na Flórida, USA, envolvendo o Brasil e México. A pesquisadora principal é a Dra. Anna R. Giuliano. Esse projeto é  abrangente e procura esclarecer todos os aspectos envolvendo o HPV no homem. Nesse estudo, foram verificados os fatores de risco e prevalência do HPV anal nos homens que não são portadores de HIV e, dentro desse grupo entre aqueles que têm relações com mulheres e os que têm relações com homens.

O objetivo deste estudo foi estudar  a infecção pelo HPV do canal anal em homens HIV negativo, uma vez que existe uma incidência crescente de câncer anal nos homens e nas mulheres.

O estudo, avaliou células esfoliadas do canal anal de mais de 1.400 homens com idade entre 17 e 80 anos, concomitantemente nos Estados Unidos (Tampa, FL); México (Cuernavaca) e Brasil (São Paulo), avaliando mais de 80 itens desde comportamento sexual, número de parceiras, etc.

Neste estudo a prevalência do HPV 16 (tipo oncogênico, com alto risco de câncer no colo uterino e na região anal de homens e mulheres) foi o dobro no grupo MSM ( homem que fazem sexo com homem)  do que no grupo  MSW (homens que fazem sexo com mulheres). Alem disso, a infecção por vários tipos de HPV foi vista 10 vezes mais nos MSM do que nos MSW.

Os resultados foram:

1- A prevalência de HPV de qualquer tipo foi semelhante nas três cidades.

2- A prevalência de HPV no canal anal foi de 47,2% entre os que fazem sexo com homens e de 12,2% entre os homens que fazem sexo com mulheres.

3- No grupo de homens que fazem sexo com mulheres foram constatados como fatores independentes associados à positividade do HPV anal os seguintes fatos:

- ter mais do que 10 parceiras desde o início das atividades sexuais;

-  relacionamento sexual primário com duração menor que 1 ano e diagnóstico de hepatite B.

4- no grupo sos homens que fazem sexo com homens a incidência de HPV anal foi 3 vezes maior naqueles que praticavam coito anal receptivo comparadodo aos que se negavam a esse tipo de contato e hábito de fumar também foi um fator de risco significativo.  Os fatores de risco associado à positividade do HPV do canal anal foram:

- ser mais jovem ( quanto mais jovem, maior o risco);

-2 ou mais parceiros nos últimos 3 meses;

-nunca usar preservativo nas relações nos últimos seis meses.

As conclusões evidenciam que o HPV do canal anal está associado em qualquer homem, independente do tipo de comportamento sexual, ao número de parceiros(as), dependendo ainda da idade, duração da relação sexual e uso do preservativo

 

VACINA CONTRA HPV PARA HOMENS

A revista The New England Journal of Medicine em 3 de fevereiro de 2011 tem um artigo da Dra Giuliano sobre HPV no homem e a importância da vacina quadrivalente contra HPV.

O estudo foi realizado em 18 paises com conclusões reforçando os benefícios da vainação de homens jovens com a vacina quadrivalente contra HPV

 

CAI A TRANSMISSÃO DE HIV DA MÃE PARA O FILHO. EM JOVENS, TENDE A CRESCER

Resultado do boletim Epidemiológico Aids/DST 2010, divulgado nesta quarta-feira (1º de dezembro) pelo Ministério da Saúde, reforça tendência de queda na incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos. Comparando-se os anos de 1999 e 2009, a redução chegou a 44,4%. O resultado confirma a eficácia da política de redução da transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê). Mas, em relação aos jovens, pesquisa inédita aponta que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.

O levantamento feito entre jovens, realizado com mais de 35 mil meninos de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência do HIV nessa população passou de 0,09% para 0,12%. O estudo também revela que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus da aids (prevalência de 0,17% entre os meninos com ensino fundamental incompleto e 0,10% entre os que têm ensino fundamental completo).

Os dados confirmam que o grande desafio é fazer com que o conhecimento se transforme em mudança de atitude. De acordo com a Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas da População Brasileira (PCAP 2008), 97% dos jovens de 15 a 24 anos de idade sabem que o preservativo é a melhor maneira de evitar a infecção pelo HIV, mas o uso cai à medida que a parceria sexual se torna estável. O percentual de uso do preservativo na primeira relação sexual é de 61% e chega a 30,7% em todas as relações com parceiros fixos.

Para Dirceu Greco, diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, a pesquisa traz um alerta aos jovens que não se veem em risco. "O jovem precisa perceber que a prevenção é uma decisão pessoal e que ele não estará seguro se não se conscientizar e usar o preservativo", enfatiza.

O resultado positivo para o HIV está relacionado, principalmente, ao número de parcerias (quanto mais parceiros, maior a vulnerabilidade), coinfecção com outras doenças sexualmente transmissíveis e relações homossexuais. O estudo é representativo da população masculina brasileira nessa faixa etária e revela um retrato das novas infecções. “Por isso, estamos investindo cada vez mais em estratégias para essa população”, explica o diretor.

Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. A distribuição de preservativos no país, por exemplo, cresceu mais de 100% entre 2005 e 2009 (de 202 milhões para 467 milhões de unidades). Os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se previnem mais. Modelo matemático, calculado a partir dos dados da PCAP, mostra que quanto maior o acesso à camisinha no SUS, maior o uso do insumo.

Outra estratégia de impacto para essa população é o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), uma iniciativa conjunta entre Saúde e Educação. Criado em 2003, hoje está presente em cerca de 66 mil instituições de ensino. Mais do que distribuir camisinhas, o programa insere a temática de prevenção e promoção da saúde sexual e reprodutiva no cotidiano das escolas públicas, que são um espaço permanente de discussão. “Para o governo, está muito claro que a oferta da camisinha deve estar atrelada à informação, para que o jovem tome decisões conscientes”, reforça Greco.

A Saúde também atua na ampliação do diagnóstico do HIV/aids – que é uma medida de prevenção, já que as pessoas que conhecem a sua sorologia podem se tratar para evitar novas infecções. Em quatro anos (2005 a 2009), o número de testes de HIV distribuídos e pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mais que dobrou: de 3,3 milhões para 8,9 milhões de unidades. Da mesma forma, o percentual de jovens sexualmente ativos que fizeram o exame aumentou – de 22,6%, em 2004, para 30,1%, em 2008.

Campanha publicitária – Como parte da estratégia para reduzir novas infecções, a campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids deste ano é voltada para meninos e meninas de 15 a 24 anos. Com o slogan “A aids não tem preconceito. Você também não deve ter”, a ideia é despertar o jovem para a proximidade da doença com o mundo dele. “Muitos acreditam que uma pessoa com boa aparência está livre de doenças sexualmente transmissíveis, o que é um mito”, esclarece Dirceu Greco.

As peças mostram pessoas vivendo com HIV ao lado de outras que não têm o vírus. A mensagem deixa claro que um soropositivo é como qualquer outra pessoa; por isso, a decisão de usar camisinha não pode ser baseada na aparência do parceiro. A campanha também traz a reflexão sobre o preconceito. Com a participação de jovens vivendo com HIV, o material publicitário mostra que os jovens com aids podem namorar, trabalhar e ter uma vida normal, como qualquer outra pessoa dessa idade. Serão veiculados spots de rádio e vídeo para TV, entre os dias 1º e 31 de dezembro de 2010. Cartazes, folders, mobiliários urbanos ebusdoors também fazem parte do material publicitário, que será distribuído em todo o Brasil. A campanha completa está disponível no hotsite.www.todoscontraopreconceito.com.br

Aids no Brasil – Os novos números da aids (doença já manifesta) no Brasil, atualizados até junho de 2010, contabilizam 592.914 casos registrados desde 1980. A epidemia continua estável. A taxa de incidência oscila em torno de 20 casos de aids por 100 mil habitantes. Em 2009, foram notificados 38.538 casos da doença.

Observando-se a epidemia por região em um período de 10 anos – 1999 a 2009 – a taxa de incidência no Sudeste caiu (de 24,9 para 20,4 casos por 100 mil habitantes). Nas outras regiões, cresceu: 22,6 para 32,4 no Sul; 11,6 para 18,0 no Centro-Oeste; 6,4 para 13,9 no Nordeste e 6,7 para 20,1 no Norte. Vale lembrar que o maior número de casos acumulados está concentrado na região Sudeste (58%).

Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Esse aumento proporcional do número de casos de aids entre mulheres pode ser observado pela razão de sexos (número de casos em homens dividido pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 caso em homens para cada 1 em mulheres.

A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 20 a 59 anos de idade. Chama atenção a análise da razão de sexos em jovens de 13 a 19 anos. Essa é a única faixa etária em que o número de casos de aids é maior entre as mulheres. A inversão apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos para cada 10 em meninas.

Em números absolutos, é possível ver como a redução de casos de aids em menores de cinco anos é expressiva: passou de 954 casos, em 1999, para 468, no ano passado. Quando todas as medidas preventivas são adotadas, a chance de transmissão vertical cai para menos de 1%. Às gestantes, o Ministério da Saúde recomenda o uso de medicamentos antirretrovirais durante o período de gravidez e no trabalho de parto, além de realização de cesárea para as mulheres que têm carga viral elevada ou desconhecida. Para o recém-nascido, a determinação é de substituição do aleitamento materno por fórmula infantil (leite em pó) e uso de antirretrovirais. A medida consta do Plano de Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, lançado em 2007 e pactuado com estados e municípios.

Em relação à forma de transmissão entre os maiores de 13 anos de idade prevalece a sexual. Nas mulheres, 94,9% dos casos registrados em 2009 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 42,9% foram por relações heterossexuais, 19,7% homossexuais e 7,8% bissexuais. O restante foi por transmissão sanguínea e vertical.

Apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, a epidemia no país é concentrada. Isso significa que a prevalência da infecção na população de 15 a 49 anos é menor que 1% (0,61%), mas é maior do que 5% nos subgrupos de maior risco para a infecção pelo HIV – como homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo.

O coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 1998 (em torno de 6 óbitos por 100 mil habitantes). Observa-se queda no Sudeste, estabilização no Centro-Oeste e Sul. Norte e Nordeste registram queda no número de óbitos.

 

 

Mais informações à imprensa

Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Ministério da Saúde

Assessoria de Imprensa

Tel: (61) 3306-7024/7010/7051/7016

E-mail: Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Site: www.aids.gov.br

 

PESQUISA MEDE IMPACTO EMOCIONAL DA INFECÇAÃO PELO HPV EM MULHERES

As verrugas genitais causadas pelo HPV (papilomavírus humano) provocam mais impacto na vida das mulheres do que as lesões internas provocadas pelo mesmo vírus, invisíveis a olho nu, porém mais graves. A conclusão é de um pequeno estudo com 29 pacientes da Santa Casa de São Paulo. O levantamento mostra que a preocupação e o medo são os sentimentos campeões quando o diagnóstico da doença é r evelado, seguidos pela raiva, relacionada ao parceiro. O HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum e afeta cerca de 630 milhões de pessoas no mundo.

Há três tipos de manifestação do HPV: a verruga genital, de baixo risco, a lesão pré-cancerosa e o câncer. As duas últimas são de alto risco. Segundo a ginecologista Adriana Campaner, coordenadora do estudo, o diagnóstico do HPV causa brigas entre as mulheres e seus companheiros. Entre as avaliadas, 21% relataram conflito com o parceiro, ligando a doença à infidelidade, e 10% romperam relações por causa disso. Mas, diz Campaner, essa reação é equivocada, porque não é possível saber quando a pessoa contraiu o vírus. "A manifestação das lesões pode levar anos."

(Folha de São Paulo - 29/07/2010)

 

O PERIGO DAS DST'S

Perguntamos às leitoras se elas já haviam contraído alguma doença sexualmente transmissível. O número de respostas positivas foi alto: 47%. E o mais preocupante é que grande parte pegou a doença do próprio namorado.

"Faz um tempo que terminei um namoro longo. O que sobrou do relacionamento, além de mágoa, foi um diagnóstico positivo de HPV, que ainda estou tratando." (Giovanna)

(Revista Nova / Seção: Saúde de Corpo e Alma - dezembro/2001)

 

ALERTA

Causador de câncer em mulheres, o vírus HPV já é o de maior presença nas estatísticas brasileiras de doenças sexualmente transmissíveis. Os infectados são mais de 34 milhões. O número foi do Congresso Brasileiro de Infectologia, no Rio.

(Jornal do Brasil - RJ / Seção: Brasil - 20/12/2001)

 

COMBATA O HPV

Uma em cada quatro brasileiras está contaminada pelo papilomavírus (HPV), que causa 95% dos casos de câncer de colo de útero. Segundo o Hospital do Câncer de São Paulo, que lançou uma campanha contra o problema. O uso de preservativo nas relações sexuais evita o mal. Proteja-se!

(Revista Viva Mais / Seção: Geral - Pílulas - 21/12/2001)

 

CENOURA E HPV

Tomate, cenoura e repolho são ricos em carotenóide, um potente antioxidante. Aos poucos, os médicos estão descobrindo outros benefícios dessa substância. Estudo que está sendo realizado pela bióloga Luísa Villa, do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, indica que mulheres que consomem alimentos ricos em carotenóides têm menos infecções por vírus HPV e menor risco de doenças no colo do útero

(O Globo - RJ/Seção: Jornal da Família/Bem-Estar - 20/01/2002)

 

HPV

Gostaria de saber se a mulher com HPV carrega o vírus para o resto da vida. Ele pode vir a se manifestar a qualquer momento? A.L., Tramandaí, RS

O vírus HPV, o principal causador de câncer de colo de útero, pode ficar encubado durante toda a vida da mulher. Entretanto, as manifestações aparecem em momentos de fragilidade do sistema de defesa do corpo (stress, gravidez, presença de tumores, outras infecções e diabete estão entre as condições que podem abalar esse sistema). É fundamental um acompanhamento médico regular e minucioso. Paulo Olmos, ginecologista e especialista em Reprodução Humana.

(Revista Isto É / Seção: Viva Bem - Sua Dúvida - 23/01/2002)

 

HPV INIMIGO ÍNTIMO

Presença constante em quase todos os casos diagnosticados de câncer do colo do útero, o HPV é o tumor que mais mata mulheres em todo o Brasil e é altamente contagioso. O caminho para vencê-lo é a prevenção.

(Matéria completa na Revista Plástica e Beleza - 07/01/2002)

 

HOMEM PODE EVITAR O CÂNCER DE PÊNIS

A falta de limpeza é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer. Mas a doença também pode estar associada ao HPV (vírus transmitido sexualmente).

(Matéria completa no jornal Agora - SP / Seção: Viva Bem - 14/01/2002 - www.agora.com.br)

 

HPV: INIMIGO OCULTO

A coragem de Ana Maria Braga ao assumir que tem um câncer causado pelo vírus HPV alerta o país para o perigo de uma epidemia.

(Matéria completa na Revista Criativa - janeiro/2002 - www.criativa.com.br)

 

HPV: O VÍRUS (QUASE) INVISÍVEL

Ele é mais comum do que se imagina: uma em cada quatro mulheres está infectada (muitas vezes sem saber). Além de atrapalhar a vida sexual, ele pode levar ao câncer de colo de útero. Apesar de assustador, há tratamentos e exames preventivos que garantem a convivência pacífica com o vírus.

O vírus é responsável por 95% dos casos de câncer de colo de útero. O Hospital do Câncer estima que só neste ano 4 mil mulheres serão vitimadas pela doença.

(Matéria completa na Revista Claudia - janeiro/2002 - www.claudia.com.br)

 

NO RASTRO DO HPV

 

Uma em cada quatro mulheres está contaminada por este vírus, transmitido nas relações sexuais, em roupas íntimas e instrumentos clínicos mal esterilizados.

(Matéria completa na Revista Saúde - janeiro/2002 - www.saude.com.br)

Fonte: http://www.virushpv.com.br/novo/pordentro.php

Prof. Dr. Júlio José Máximo de Carvalho - Telefone: (11) 3832-0505

 

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