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Pacientes e Tudo Sobre o Câncer

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Endométrio

O endométrio está localizado no interior do útero. É composto por células glandulares que frequentemente descamam, resultando na menstruação. A menstruação marca o período reprodutivo da mulher, iniciando na menarca e finalizando na menopausa, após o qual encontraremos o endométrio atrófico

As mulheres têm um risco de 2,6 % de desenvolverem neoplasia de endométrio durante a vida, correspondendo a cerca de 6% de todos os cânceres na mulher.

Há 2 tipos de neoplasia de endométrio com diferença na carcinogênese, epidemiologia e fator prognóstico:

  • Tipo 1: carcinoma endometrial relacionada ao estrógeno, geralmente são neoplasias de baixo grau de malignidade, originadas de hiperplasia atípica (proliferação do endométrio). Os pacientes têm como fatores de risco: obesidade, nuliparidade (não ter tido filhos), excesso de estrógeno (hormônio feminino), hipertensão arterial, diabetes.
  • Tipo 2: geralmente não relacionado ao estímulo estrogênico e não originado de hiperplasia endometrial. São neoplasias de alto grau de malignidade e tipos histológicos desfavoráveis (seroso papilar e células claras) que atingem pacientes com idade mais avançada que as pacientes com neoplasia de endométrio tipo 1.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de endométrio é feito por meio da biópsia. A amostra de tecido endometrial pode ser obtida pela curetagem ou histeroscopia.

Principais sintomas: o principal sintoma é o sangramento uterino anormal, ocorrendo em aproximadamente  95% dos casos. Cerca de 5% a 20% das mulheres pós menopausa, com sangramento uterino, apresentarão neoplasia de endométrio. 

Pacientes na pré ou peri menopausa com sangramento uterino anormal também deverão ser avaliadas para neoplasia de endométrio.

 

Tratamento

tratamentoestadiamento (saber como está a doença) inicial é feito com cirurgia. A cirurgia consta de histerectomia total associada a linfadenectomia pélvica e retroperitoneal, omentectomia (retirada de tecido gorduroso sobre o intestino grosso) e lavado peritoneal (coleta de líquido para análise de presença de células malignas).

É muito importante e fundamental a participação do patologista no momento operatório, pois indicará o local da neoplasia no útero e avaliará se há comprometimento cervical, o grau de infiltração da neoplasia no miométrio e o grau de diferenciação da neoplasia. Com essas informações obterá melhor avaliação da extensão da linfadenectomia.

Após a paciente ser devidamente estadiada pela cirurgia, avalia-se a necessidade ou não de tratamento complementar, que poderá ser realizado com radioterapia e ou quimioterapia.

 

Fatores derisco

  • Terapia estrogênica;
  • Anovulação crônica;
  • Uso de tamoxifeno;
  • Obesidade;
  • Hipertensão arterial;
  • Idade: geralmente ocorre em mulheres na pós-menopausa (20% dos casos são diagnosticados em mulheres entre 40-50 anos e 5% abaixo dos 40 anos);
  • Pré-disposiçao hereditária ou genética;
  • Famílias com Síndrome de Lynch ou HNPCC (Hereditary Nonpolyposis Colorectal Cancer): chances de desenvolver neoplasia extra colônica e, dentre as neoplasias, a mais comum é a neoplasia de endométrio;
  • Nuliparidade (não ter tido filhos);
  • Menarca (primeira menstruação) precoce, menopausa tardia.

Fonte: http://www.accamargo.org.br/tudo-sobre-o-cancer/endometrio/13/?gclid=CKnc-rPClb4CFTMA7AodCFwAxg


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