ENDOMETRIOSE & ADOLESCENTE& SINAL DE BENJAMIN

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Data: 16/7/2006

Analise    de  resultados da videolaparoscopia  & Histologia

Dr. Paulo Guimarães

Goiânia - Teresina- Brazil

A endometriose atinge uma mulher em cada nove  na população mundial. .Perto de 50% destas mulheres padecem de  infertilidade  e dor pélvica crônica com perda da qualidade de vida.Aproximadamente entre  9%  a 15% das mulheres com endometriose desconhecem que possuem a doença, pois formam um grupo de portadoras assintomáticas .A maioria das mulheres tem o diagnóstico de endometriose diagnosticada durante as investigações de  fertilidade ou dor  na vigência de relações sexuais associadas a dismenórreias (cólicas menstruais)  progressivas, resistente a tratamento clinico. Não é incomum encontrarmos neste grupo etário de mulheres com menos de 30 anos estágios avançados da endometriose comprometendo definitivamente a fertilidade, sendo estas candidatas a fertilização In Vitro ou reprodução assistida. Fica sempre uma pergunta quando nos deparamos com mulheres jovens com quadros severos da doença. Quando iniciou ? Poderíamos evitar sua progressão e preservar a anatomia e a fertilidade  ? Assim as pesquisas se voltaram para grupos de adolescentes com quadros sugestivos de endometriose e não foi surpresa encontrar em diversos trabalhos internacionais, que este grupo etário  também estava exposto aos riscos da endometriose. Outra pergunta fazemos. Por que existe dificuldade de diagnósticos  da  endometriose na adolescente? Primeiro  pelo desconhecimento por parte de profissionais, educadores que  convivem com este grupo.Segundo porque  existe preconceito ainda em nosso meio  de visitar o Ginecologista na adolescência. Como nas  duas ultimas décadas  houve mudança de comportamento da adolescente com  Inicio precoce   das relações sexuais, Utilização de métodos anticoncepcionais, gravidez na adolescência e  informações  mais acessíveis, permitiu se verificar neste grupo de meninas, os sinais que poderiam predizer a existência de uma endometriose mínima, como a Temperatura Corporal Basal no inicio do fluxo menstrual com retorno a normalidade ao final da menstruação. Em trabalho do prof   Enrique Onetto  de Santiago do Chile, encontrou perto de 84% de positividade com achados de endometriose, 5%  sinais  duvidosos e 11% de outros achados de outras patologias  ginecológicas .

Proposta  atual de gerenciamento  de endometriose  na adolescente, Sinal de Benjamin positivo,Síndrome Pré-menstrual,Dismenórreia,Dispaurenia, devem ser  realizada a videolaparoscopia ou minilaparoscopia.  O tratamento recomendado,  os análogos GnRh e anticoncepcionais orais a base de gestrinona/GESTODENO. Devem ser investigadas meninas com antecedentes familiares, mãe, irmãs, ou gêmeas univitelinas.

Paulo Guimarães

ANALISE COMPARATIVA DE GRUPOS DE ADOLESCENTES  PORTADORAS DE ENDOMETRIOSE

Dr. Paulo Guimarães  Goiânia GO

Dr. João Dias Junior   São Paulo- SP

Dr. Silvio Gomes Monteiro  -São Luis  MA

Dr. Gilson Barros da Cunha  - Goiânia GO

Objetivo

Investigar um grupo de adolescentes  supostamente portadora de endometriose através de estudo prospectivo, submetidas a videolaparoscopia com biopsias, avaliadas previamente com exames  ginecológicos, Ultrassom e pesquisa de Temperatura Corporal Basal (TCB) .  Deste modo ampliar a prevenção da endometriose avançada nas pesquisas para diagnósticos precoce da doença . Orientar a seleção de  adolescentes para indicação da videolaparoscopia diagnóstica  com propostas de tratamentos com melhores  resultados  e preservação da anatomia pélvica e  da  fertilidade .

MATERIAIS E METODOS

No período de janeiro de 1998 a janeiro de 2002 foram analisadas 35 adolescentes individualizada em três grupos etários, investigada clinicamente com exames complementares de ultrassom pélvico nas inativas sexuais e endovaginal nas ativas sexuais .Apresentavam queixas clinicas de dismenorreias, alterações  menstruais,  hipermenorragias e nas ativas sexuais, dispaurenias de profundidade. Todas as pacientes não pertenciam a grupos de tabagistas  e nem usuárias de Anticoncepção oral. Todas foram submetidas a videolaparoscopia Diagnósticas  entre 18 e 26 dia do ciclo menstrual na Fêmina Maternidade – Goiânia- GO e realizadas pela GPR Endovideo Femina ..A técnica adotada, sob anestesia geral intubada , incisão  umbilical  longitudinal , Trocarte de 10,5mm, ótica de 10mm  e dois portais de acesso de 5mm a pelve. Pneumoperitôneo instalado com pressão abdominal de 12mmHg. Todos os equipamentos e instrumentais de marca Storz e Endoview. Nas pacientes inativas sexuais, não foi utilizado o manipulador uterino. O inquérito da cavidade se iniciava pela pelve macro visão e avaliação do abdome superior, observando apêndice cecal. Em seguida avaliação objetiva da pelve, com avaliação do tamanho do útero, ovários, ligamentos e trompas. Observou se a presença  de liquido em fundo de saco  de Douglas  (FSD ) para relacionar com períodos pos ovulatórios , DIP, Pré menstrual. Em seguida avaliada com visão mais detalhada, os ligamentos útero sacro, fossa retro ovariana, prega vésico uterina, reto-sigmóide  e espaço retro uterino. Foi realizada  sistematicamente biopsias de lesões  típicas , atípicas e punção ovariana bilateral. As lesões identificadas com menos de 5mm de extensão foram coaguladas com  pinças bipolares  e as lesões maiores que 5mm de extensão foram incisadas e coaguladas a seguir. Os procedimentos  transcorreram sem intercorrências anestésicas ou cirúrgicas. A alta  hospitalar ocorreu  dentro das 24 horas do procedimento realizado.

 

CONCLUSÃO

A triagem de adolescentes para investigação precoce da Endometriose, teria o objetivo de evitar progressão da doença  para estágios  avançados com comprometimento da fertilidade e da qualidade de vida através de método simples , podendo ser aplicado em escolas, serviços de pediatria , medicina de Adolescentes e  Infanto-Puberal . Adotando se, tanto nos grupos   de ativos sexuais ,com queixas de dispaurenias e infertilidade, como nos grupos inativos sexuais. Com  a precocidade da sexarca neste grupo etário  é justificável com associação da dispaurenia posicional, a utilização de anticoncepcionais orais a base de gestodeno em formulação contínua,  após utilização da terapêutica associada Videolaparoscopia/análogo .

Resultados- Os resultados demonstram  que os estágios  I e II predominam no GI e GII  os estágios III e IV predominaram no grupo GIII. O Sinal de Benjamin foi preditivo positivo em  71% no grupo total .  A dor pélvica crônica se relacionou com estágios mais avançados. A endometriose sendo diagnosticada precocemente é detectada em estágios iniciais com melhores resultados anatômicos e resguardando a fertilidade.

CONCLUSÃO

A triagem de adolescentes para investigação precoce da Endometriose, teria o objetivo de evitar progressão da doença  para estágios  avançados com comprometimento da fertilidade e da qualidade de vida através de método simples , podendo ser aplicado em escolas, serviços de pediatria , medicina de Adolescentes e  Infanto-Puberal . Adotando se, tanto nos grupos   de ativos sexuais ,com queixas de dispaurenias e infertilidade, como nos grupos inativos sexuais. Com  a precocidade da sexarca neste grupo etário  é justificável com associação da dispaurenia posicional, a utilização de anticoncepcionais orais a base de gestodeno em formulação contínua,  após utilização da terapêutica associada Videolaparoscopia/análogo .

RESUMO

OBJETIVO- Analisar prospectivamente um grupo de 35  mulheres jovens e adolescente submetidas a videolaparoscopia seguida de biopsia das lesões encontradas submetidas a  Classificação por score proposta American Fertility sterility- Revisada,( AFS-r) , e relacionar  com o Sinal de Benjamin. Buscar valorização de  dados que possam auxiliar a detecção precoce da endometriose e selecionar grupos de adolescentes para exames de videolaparoscopia

MATERIAIS E METODOS – No período de janeiro de 1998 a janeiro de 2002 na GPR Endovideo Fêmina- Goiânia- GO, foram analisadas 35 mulheres adolescentes submetidas a videolaparoscopia  em grupos individualizados GI- 14-19 anos  GII- 20-22anos GIII-22-24 anos.No teste de Sinal de Benjamin , Temperatura Corporal Basal, com aumento iniciando no principio do fluxo menstrual persistindo até o final, foi  positivo em todas as pacientes, relacionando com a presença  de endometriose em 83% no grupo GI, 75% no grupo GII e 62,5% no grupo GIII . Foram realizadas biopsias em todas as lesões sugeridas de endometriose. Em  3 pacientes não  houve biopsias por se tratar de outras patologias,  útero unicórnio, DIP, Folículo  roto. Foi analisada o Sinal de Benjamin com a verificação do aumento da  Temperatura Corporal Basal no período do fluxo menstrual, relacionando em 71% no grupo total com a endometriose sem relação com os estágios  da classificação AFS-r. As queixas predominantes foram analisadas por grupo como a Oligomenorreia, dismenorreia severa, dispaurenias nos grupos das ativas sexuais, dor pélvica crônica  e hipermenorragia. Não sendo verificado   relação das  queixas com localização.

Fonte: www.cursosmedicos.com.br


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